Após uma longa noite de insónias não houve nada que não me tivesse passado pelo pensamento. Dado o longo e cansativo dia que tive ontem previa uma noite muito bem dormida, mas estava errada, lá passei mais uma noite sem conseguir dormir mais que 20 minutos. Há pessoas muito estranhas.
A verdade é que os meus sonos têm andado completamente trocados ultimamente. E como ainda não consegui descobrir a a origem, nem a solução do problema vou-me "aguentando".
Eis que hoje, não tendo nada concreto que fizesse a noite passar depressa, pus-me a pensar...
Depois de alguns meses após os rumores (bem verídicos, aqui para nós) de um suposto romance com um colega de trabalho terem começado, e quando eu pensava que já tudo tinha desvanecido da memória dos restantes colegas, e chefes especialmente, deparo-me com uma situação de certa forma constrangedora. Preparo-me para mais um dia de trabalho quando um dos meus colegas se aproxima de mim, com uma cara séria, e me pergunta se já conheço a nova amiga do meu "pseudo-namorado"... Ao que parece o moço andava simpaticíssimo com uma das nossas novas colegas e despertou a curiosidade do pessoal.
Intrigada com o "pseudo-namoro" fui pesquisar. E descobri que há quem defenda que este é, basicamente, uma relação amorosa entre duas pessoas com medo de compromissos, que apesar de vivenciarem todas a conveniências e dinâmicas de um namoro, se recusam a vê-lo desta forma ou a torná-lo formal.
Apesar de não ter dado muita importância ao assunto, às 3:00h da manhã dediquei-me à reflexão, já que não havia nada que pudesse ser visto na televisão suficientemente agradável para me distrair, estas palavras repetiam-se na minha cabeça, tal como tantas outras, ditas ao longo destes meses...
Dei por mim a lembrar-me dos nossos "encontros" e de tudo o que foi dito. Uma das frases que me perseguiram foi: "Tenho o hábito de fugir de tudo o que possa colocar os meus sentimentos em risco ou a deixar-me vulnerável", o que provei ser verdade, por isso, de falsa não me podem acusar, só de cobarde mesmo!
Talvez não tivesse percebido a realidade dos acontecimentos se não tivesse um colega tão atento ao que se passa à sua volta. Dizem que só percebemos o verdadeiro valor das pessoas perante a hipótese de as perder, verídico. Agora percebo, que apenas por medo, acabei por fugir de algo que me fazia muito bem. Neste caso, não se aplica a velha máxima "Só me arrependo das coisas que não fiz"...
Após tudo isto o que eu quero MESMO dizer é: "Fazes-me Falta..."