M: Talvez a dor que me causas-te tenha sido uma aprendizagem para mim, uma lição de vida que apesar de me ter mostrado que a vida não acaba quando um amor se acaba me fechou o coração a novas conquistas e desafios. Instalou em mim o medo da entrega total a alguém.
Durante dois anos foste o merecedor dono do meu coração, coloquei-te no seu centro e esqueci até de mim por ti. Não vou dizer que tudo foi mau, não me arrependo de ter gasto dois anos da minha vida contigo. Mas o que é bom em relação ao passado é que fica no passado, guardado no cantinho das recordações. Mas permanece sempre no passado.
Estar contigo serviu-me, pelo menos, de aprendizagem como disse, aprendi a ouvir e a ter paciência, aprendi que não me devo entregar por completo a ninguém, que a distância é uma coisa positiva, que ter ideias e vontades próprias não deve ser um problema, que ter um tempo só para mim não deve ser um privilégio mas normalidade, que amor e paixão são coisas diferentes, que um não vive sem o outro, mas que cada um tem que ter o seu momento de expressão. Aprendi que posso dizer que não gosto de uma certa atitude sem ter medo de que pensem que estou a tentar moldar alguém à minha vontade, que não tenho de esconder os meus problemas, lágrimas e frustrações porque todos as temos, que acumular dúvidas não resolve o problema e apenas o arrasta. Aprendi que tenho de ser eu própria e não o que querem que seja, aprendi que quem gostar de mim tem de aceitar-me como sou, apreciar as minhas qualidades e entender os meus defeitos.
Agora fazes-me olhar para trás e comparar-te com os "tantos" homens que pensas que te sucederam. Surpreende-te, nem tudo o que pensas ser verdade o é de facto. E não, não foram assim tantos os homens que me "encantaram" desde que tu me "desencantas-te". As contas são fáceis de fazer: dois, precisamente. Não é que te deva qualquer tipo de explicações - não somos nada um do outro, para além de amigos, lembras-te?. Mas digo-te na mesma: o D. só me fez ver que era possível esquecer-te, mesmo que não tenha dado em nada e tenha tudo sido tão "curto", o J. fez-me esquecer-te de vez, fez-me ver que o lugar que pensei que ocupasses já não estava lá para ti, era dele! Talvez pensasses que eras insubstituível e irresistível, talvez achasses que ia esperar que descobrisses se querias ou não ficar comigo para me apaixonar de novo por alguém, mas já não fazes parte da minha vida e não comandas o meu coração, nem eu o comando para dizer a verdade. Talvez também pensasses que ia olhar para ti de novo como o herói que podia fazer tudo voltar ao que era antes, mas não és. Já correu muita água debaixo da "nossa ponte", da "minha ponte" agora! A verdade é que, quer queiras acreditar ou não, EU já não preciso de TI, não preciso de TI no NÓS!
Disse-te inúmeras vezes que vou sempre ter um ombro para te oferecer quando precisares de um amigo, a tua melhor amiga como dizes que sou, mas só. Concordámos à tanto tempo que deixaríamos a nossa história no passado que acredito que não haja mais nada a dizer, mais nada a questionar, está tudo claro, para mim pelo menos está. Por isso, digo-te de novo que tens em mim alguém que continua a gostar muito de ti, apenas de forma diferente, e que vai estar sempre por perto para sorrir com as tuas conquistas e apoiar-te nas derrotas. Do fundo do meu coração, com toda a sinceridade que sempre tive contigo, digo-te que te desejo a maior das felicidades e que espero que consigas encontrar a mulher perfeita para ti. Não corras atrás de possibilidades, o que é teu a ti virá, quando tiver que vir!
Frase do dia: "Amei-te, Perdi-te e Esqueci-te!"