Toda a nossa vida é regida por escolhas. Algumas que não dependem muito das nossas vontades como o nome pelo qual iremos ser chamados, a casa onde vamos morar, a escola que iremos frequentar, entre muitas outras coisas. Esta é provavelmente uma das fases mais confortáveis da nossa vida, não temos que tomar as nossas próprias decisões nem resignar às suas consequências.
É quando existe a possibilidade de escolher o nosso próprio caminho que surgem as dificuldades. A primeira reflexão incide, na maior parte dos casos, sobre o caminho académico e profissional que se pretende trilhar, no entanto não é, a meu ver, das mais difíceis decisões que tomamos na vida, uma vez que se fundamenta em experiências anteriores, gostos pessoais e ambições. Esta é uma decisão que nos obriga a um caminho pessoal distinto do círculo social e familiar em que nos inserimos. E que nos consegue tirar o sono por vezes. Quando essa decisão está associada à deslocação para outra cidade ou país especialmente. A necessidade da mudança de residência como consequência de uma ambição profissional pode ser "brusca" e tal como é difícil partir e deixar para trás tudo o que se conhecia até ao momento, é difícil para os que ficam lidar com a ausência definitiva ou por longos períodos de tempo de quem parte.
Cada decisão tem o seu custo de oportunidade, seja ela de que tipo for, não é possível não perder nada depois de feita a escolha, é apenas possível que haja mais ganhos com uma das direcções.
Frase do dia: "Na hora da despedida, é quase sempre mais triste ficar do que partir" - Em "Equador" de Miguel Sousa Tavares