Já lá vão oito dias desde o meu último post, sinceramente tempo é uma coisa que não abunda nos ultimos dias...Ainda bem que alguém se lembrou de inventar aquilo a que chamamos habitualmente de fins-de-semana, senão ia-me declarar como um caso perdido!
Hoje apetece-me falar de coisas simples, aquelas coisinhas que por mais simples que sejam nos fazem sempre ganhar uma parte do dia, ou que por outras palavras nos deixam mais contentes.
Vinha eu no metro, que se tornou na última semana na minha segunda casa, dada a quantidade de tempo que lá perco, e começei a imaginar de onde vinham e para onde iam as pessoas com que me cruzava, foram alguns momentos de devaneios. Nisto termino a meu longo percurso no metropolitano. Ás 7 da tarde já pouco ou nada se vê, e lá vinha eu com os phones a ouvir musiquinha no inseparável mp3 quando me pus a reparar nas luzes dos carros, nas folhas das árvores, nas pedras da calçada, nas mudanças de posição das sombras ao aproximar e afastar dos candeeiros. Coisas para as quais olho todos os dias mas que nunca vejo. Entretanto, senti frio, desconcentrei-me e não vi mais nada. Cheguei a casa com uma sensação de tranquilidade que não é habitual depois de um dia de trabalho, continuava a ouvir música, apenas com as luzes da árvore de natal, lembrei-me do verão, das brincadeiras, das histórias, dos sorrisos, da casa ao pé praia, do movimento à beira da praia nas noites quentes, e outras nem tanto mas o movimento era o mesmo, no silêncio que se seguia ao fecho dos estabelecimentos comerciais, do silêncio que se seguia ao fecho dos estabelecimentos, de andar com os pés na areia e sentir o vento na cara, das gaivotas, de adormecer ao som das ondas que entra pela janela do quarto.
Enfim, todas estas coisas nos são "oferecidas", não há dinheiro que as possa comprar, e estes são só alguns exemplos. No entanto podem-nos fazer mais felizes do que um computador topo de gama, um carro cujo dinheiro podia ser usado para alimentar centenas de famílias, a joia mais cara.
E a si? O que é que o faz feliz?